quarta-feira, 30 de abril de 2014

Where You Lived And What You Lived For





Hoje entrei na Sé de Braga; estava um silêncio meditabundo de princípio de tarde, quando o sol atinge de chofre todas as franjas do cabelo. O acólito tem uma presença perversa, apesar de o achar poético; percorre as naves da catedral com ensejo insuflado. Um empertigado de merda, penso para os meus botões. Além disso tem os olhos rombos de tantas lágrimas salgadas de sombra. Doente episcopal. E há nisso tudo poema. E há nisso tudo acordes medievais. E música por fundo. E há poema nas cabeças cobertas de preto das velhas. E há um arco que vibra nas cinco cordas do quintão.    

terça-feira, 29 de abril de 2014

Ladrões do Mar (海偷).

"Até nós, portugueses, chegados à China do Sul, à foz do rio das Pérolas, em 1513 com o mercador Jorge Álvares, passámos durante séculos a ser denominados 海偷, hai tou, por esta gente do Norte, ou seja, colocaram-nos o nada bonito epíteto de «ladrões do mar»."
- António Graça de Abreu.

domingo, 27 de abril de 2014

Koan Espontâneo.

Tudo é uma concepção da mente.
Este blogue é uma ilusão. Joguem-no no lixo.

sábado, 26 de abril de 2014

Na Solidão. Na Noite. A Ave.

Enquanto meditava, no silêncio da madrugada, uma ave de rapina piava na sua própria solidão. Ambos mantínhamos a mesma natureza.

Reminiscências Nocturnas.

Sento-me confortavelmente na poltrona. A rua é salpicada pelas lágrimas climáticas. Cautelosamente espero que os vapores dos tóxicos se dissipem.

quinta-feira, 24 de abril de 2014